No dia 9 de junho, milhões de europeus contribuirão para moldar a democracia europeia. Trata-se de um momento único em que todos nós podemos decidir sobre o futuro da União Europeia. 

O Parlamento Europeu adopta leis que afetam todos: grandes países e pequenas comunidades, empresas poderosas e jovens projetos em fase de arranque, o global e o local. A legislação da UE aborda as prioridades de todos: ambiente, segurança, migração, políticas sociais, direitos dos consumidores, economia, Estado de Direito e muito mais.

No mandato que está a acabar, a UE deu saltos gigantes na resposta a desafios imprevistos e dramáticos, com medidas arrojadas de alcance solidário, como a aquisição conjunta de vacinas, para vencer a pandemia, ou de gás, para garantir o aprovisionamento energético da Europa face à ameaça russa. Quebraram-se tabus, como com a mutualização de dívida para financiar os Programas de Recuperação e Resiliência (PRR), e com demonstrações de grande firmeza e unidade, como a aplicação de sucessivos pacotes de sanções à Rússia ou o apoio humanitário, financeiro e militar à Ucrânia. 

Mesmo em tempos de guerra, o projeto europeu é, como sempre foi, um projeto de paz. A integração europeia fez-se para garantir a paz no nosso continente. Não podemos, então, descansar nem virar costas enquanto houver bombas a cair em solo europeu. A Ucrânia tem toda a nossa solidariedade. Permaneceremos ao lado do povo ucraniano enquanto durar a sua luta, assegurando-lhe todo o apoio necessário e condenando os bárbaros atos de agressão por parte da Rússia – como a União Europeia (UE) tem feito, em uníssono, desde o primeiro dia da invasão.

É, igualmente, fundamental deixar claro que futuro queremos para a Europa quando, ainda no passado recente, a Europa e todos nós fomos testados até ao limite por um vírus desconhecido, que ameaçou o nosso modo de vida. E, mesmo sem um mandato claro para o efeito, a UE mostrou estar à altura do desafio, provando que era possível fazer o que muitos diziam impossível, para proteger os cidadãos e as empresas europeias. Estes resultados foram fruto de uma ação ágil e coordenada a nível europeu, numa abordagem diametralmente oposta à da resposta dada à crise financeira vivida a partir de 2008. Em vez da austeridade, escolhemos a solidariedade. É isso que está em jogo no próximo dia 9 de junho.